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sexta-feira, 29 de março de 2024

Al-Qaeda ameaça novos ataques terroristas na França

Al-Qaeda ameaça novos ataques terroristas na França

Foto: Reprodução / iTele

Um dirigente religioso da rede Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), ligada aos irmãos Kouachi, autores do ataque ao jornal parisiense Charlie Hebdo, ameaçou a França com novos atentados em um vídeo divulgado nesta sexta-feira, informou o centro americano de vigilância na Internet (Site).

“Não estarão em segurança enquanto combaterem Alá, seu mensageiro e seus fiéis”, disse ao povo francês Narit al Nadari, uma autoridade da AQPA em matéria da sharia, a lei islâmica.

Após caçada, Paris vive momento de luto e revolta

Nesta sexta-feira, a comoção em torno da busca aos terroristas parou a capital francesa durante a tarde . Enquanto os irmãos Kouachi se refugiavam em uma fábrica em Seine-et-Marne, nordeste de Paris, um homem invadia um supermercado em Porte de Vincennes, no leste.

Amedy Coulibaly entrou no mercado de produtos judaicos e matou quatro pessoas. Em seguida, ligou para a polícia. A sua principal demanda consistia em liberar o cerco que era mantido simultaneamente aos responsáveis pelo ataque à revista francesa. Após quatro horas de cárcere, a polícia invadiu o estabelecimento onde havia pelo menos 15 reféns.

Várias estações de metrô foram fechadas e a circulação de carros no principal anel viário foi interrompida, por ser o principal acesso ao supermercado em questão. O clima de alerta tomou toda Paris e provocou pequenos incidentes. O falso alerta de um suposto homem armado na estação de Trocadero, próxima à Torre Eiffel, causou pânico momentâneo. O incidente levou as autoridades a evacuarem a praça que figura entre um dos principais pontos turísticos da cidade.

Paris passa de uma caçada aos culpados a um momento de luto e revolta. Uma manifestação é organizada para o próximo domingo, dia 11, e já mobiliza milhares de pessoas nas redes sociais.

O presidente francês François Hollande declarou que participará da marcha e conclamou a população à “vigilância, à unidade e à mobilização”. A presença de um presidente em uma manifestação pública deste tipo não acontece desde o ano de 1990, quando o então líder de Estado François Mitterand apoiou o protesto contra a profanação de túmulos no cemitério judeu de Carpentras.

Apesar da conferência feita pelo presidente às 20h (no horário local), as autoridades de segurança nacional fazem ressalvas à realização desta manifestação por receio de excessos por parte da população.

Neste momento, a principal preocupação das autoridades e de parte da população centra-se na segurança da vasta comunidade muçulmana na França. Cerca de quatro mesquitas foram atacadas durante a semana. Em um cenário já marcado pelo crescimento da xenofobia e do radicalismo da extrema direita, os últimos acontecimentos tornaram o quadro ainda mais sombrio.

ZH

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