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quinta-feira, 28 de março de 2024

Petrobras lucra R$ 5,330 bilhões no 1º trimestre, queda de 1,2% em um ano

Menos de um mês após revelar o aguardado balanço auditado referente ao ano de 2014, a Petrobras acaba divulgou nesta sexta-feira o resultado referente ao primeiro trimestre de 2015, período em que lucrou R$ 5,330 bilhões. O resultado representa uma queda de 1,2% em relação ao lucro líquido de R$ 5,393 bilhões reportado nos três primeiros meses do ano passado, porém reverte a tendência negativa registrada no quarto trimestre de 2014, quando a estatal amargou prejuízo de R$ 26,6 bilhões.

Na oportunidade, a companhia incorporou ao resultado um impacto negativo de R$ 6,2 bilhões atribuído a gastos adicionais capitalizados indevidamente, objeto das investigações de corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, e mais de R$ 44 bilhões por provisionamento decorrente da desvalorização de ativos, também conhecido como impairment.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, indicador que melhor dimensiona a capacidade de geração de caixa da companhia, totalizou R$ 21,518 bilhões no primeiro trimestre, elevação de 50% em relação ao mesmo intervalo de 2014. Já a receita líquida atingiu R$ 74,353 bilhões, queda de 8,8% em igual base comparativa.

A queda do lucro decorre da ausência de itens não recorrentes relevantes, segundo a estatal. O resultado também reflete os diferentes efeitos provocados pela variação cambial nos números da companhia. O dólar valorizado ajuda a impulsionar a receita com exportações, porém torna a importação de combustíveis mais onerosa.

Além disso, a valorização da moeda norte-americana no decorrer do trimestre impacta negativamente o resultado financeiro da estatal, dado que grande parte do endividamento da empresa é denominado em dólar. O resultado financeiro líquido da Petrobras ficou negativo em R$ 5,621 bilhões no trimestre, resultado ainda pior do que os R$ 174 milhões negativos reportados no primeiro trimestre de 2014.

A queda na receita é explicada pela desaceleração da demanda doméstica por combustíveis e, principalmente, pela forte retração no preço internacional do petróleo. O resultado não foi ainda pior graças ao dólar mais favorável às exportações, conforme já mencionado, e ao reajuste de combustíveis aplicado em novembro passado, de 3% na gasolina e 5% no diesel.

 

Correio do Povo

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