Giro do Vale

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quinta-feira, 28 de março de 2024

Extratos bancários indicam que servidores receberão R$ 600 na segunda

Apesar de o governo do Estado deixar o funcionalismo público em dúvida sobre a forma de pagamento da folha, extratos bancários indicam que servidores estaduais receberão na segunda-feira apenas R$ 600. Em alguns documentos a que a reportagem do Correio do Povo teve acesso, já é possível visualizar a previsão de depósito para agosto.

Policiais militares e demais trabalhadores do Estado começaram a divulgar imagens dos extratos nas redes sociais na madrugada deste sábado. A greve de quatro dias, aprovada caso houvesse parcelamento, deve começar na segunda feira, mas os ânimos das categorias já estão acirrados.

“É uma barbaridade e uma situação jamais imaginada por qualquer cidadão, muito menos pelos servidores”, declarou o presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do Rio Grande do Sul (Fessergs), Sérgio Arnoud. Ele avalia que a paralisação ganhará ainda mais força, em razão da indignação das categorias.

“É uma afronta. As pessoas não terão como enfrentar seus compromissos e ainda terão os salários diminuídos, já que as contas serão pagas com juros. Com esse valor, uma família de quatro pessoas não consegue fazer nem as compras do supermercado”, disse.

Para Arnoud, a decisão do governo foi deliberada e representa uma afronta. “É possível pagar em dia. Basta usar emergencialmente os depósitos judiciais, mas ele (governo) quer acabar com o serviço público. Trata-se de provocação”, declarou o representante sindical.

Folha mobiliza governo

No mês passado, a linha de corte ficou em R$ 2.150 e o restante seria dividido em duas parcelas, nos dias 13 e 25. O governo acabou quitando os salários, no entanto, no dia 11. Na segunda-feira, dia de depósito dos salários, o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, deve conceder coletiva entre 9h e 10h. Em sua manifestação, Feltes deve expor alguns cenários que possibilitariam a antecipação de parcelas ou que podem complicar o cenário, como o bloqueio das contas do governo pela União, em função do não pagamento da parcela deste mês, de cerca de R$ 280 milhões. O governador José Ivo Sartori deve fazer pronunciamento no Palácio Piratini antes da fala do secretário.

 

Correio do Povo

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