Eloar e Maquiel nutrem o mesmo prazer por serem árbitros de futebol. (Foto: Juliano Beppler da Silva / Giro do Vale)

Vida de árbitro e auxiliar de arbitragem não é nada fácil. É jogador reclamando, torcida xingando, mas nada disso abala a paixão dessa dupla pelo apito, ou pela bandeirinha. O bom-retirense Eloar Vieira (46) puxou a fila, e logo depois seu filho Maquiel Vieira (25) também tomou gosto pela prática e hoje ambos comandam jogos em diversas praças esportivas pelo Vale do Taquari.

Não é somente dentro das quatro linhas que a dupla se dá bem. Fora de campo eles também atuam juntos na área da construção civil, mostrando entrosamento tanto em uma área, como na outra. Mas voltando para a área do esporte, vamos contar um pouco dessa paixão que os dois acabaram revelando pelo comando de partidas de futebol.

Há cerca de oito anos em um jogo amador de veteranos, Eloar foi visto em ação com o apito por uma pessoa que integrava um quadro de arbitragem da região. Não demorou muito e ele recebeu o convite para integrara a mesma equipe de arbitragem. Sua primeira atuação nesta equipe de arbitragem foi no Campeonato Municipal de Futebol na cidade de Salvador do Sul.

Com o passar do tempo veio também a necessidade de aprimoramento, e para isso ele realizou cursos para buscar melhor preparação para o desempenho da atividade.

Vendo o pai apitar e bandeirar confrontos pela região, Maquiel começou a gostar da atividade e acompanhou Eloar em umas 10 partidas até que tomou a decisão de seguir os mesmos passos. Há cerca de dois anos ele também começou a arbitrar em campeonatos regionais, e antes disso já apitava algumas competições dentro de Bom Retiro do Sul.

Foto: Juliano Beppler da Silva / Giro do Vale

Árbitro federado

Após seguir o gosto pelo apito, Maquiel foi atrás de mais conhecimento. Em 2014 ele formou-se no curso de arbitragem de Futebol Sete na Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Após a formação ele já arbitrou em jogos do Estadual Série Prata da modalidade e também na Liga Porto-alegrense. Ele também tem formação em um curso de arbitragem para futsal e seu próximo passo será em 2016 o curso de arbitragem de futebol de campo na FGF.

De olho nos árbitros

Pai e filho relatam que quando vão assistir a uma partida de futebol, nos campos, quadras, ou até mesmo pela TV, o que chama a atenção não é os jogadores, mas sim a arbitragem dos confrontos. “Ficamos prestando a atenção no posicionamento da arbitragem, no movimento deles que refletem muito no trabalho”, falou Maquiel. “Grande parte do sucesso da arbitragem em uma partida está no posicionamento em campo”, completou Eloar.

E os xingamentos?

Rosane, esposa de Eloar e mãe de Maquiel, disse que acompanha a dupla em alguns jogos. Quanto aos xingamentos de torcedores ela finge não escutar e não dá bola. Os árbitros da família também não se importam muito com isso. “Ficamos concentrados no jogo, as vezes nem ouvimos e mesmo quando ouvimos, o que vem de fora do campo não pode interferir no trabalho”, frisou o árbitro mais novo da família.

O que fica são as amizades

Embora a arbitragem seja algo que ambos gostam de fazer, o que eles mais destacam na realização dessa atividade é as amizades que ficam em todas as praças esportivas por onde passam. “Mesmo que haja um ou outro problema dentro de campo, o que se sobressai são as coisas boas e por isso fizemos muitos amigos nas praças de esporte”, finalizou Eloar.

Redação / Giro do Vale
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