Giro do Vale

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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Quando o paciente abre as portas de casa para o atendimento médico

Dona Nady se diz feliz com o atendimento domiciliar de doutor Jorge. (Foto: Lautenir Azevedo Junior / Divulgação)

Dona Nady se diz feliz com o atendimento domiciliar de doutor Jorge. (Foto: Lautenir Azevedo Junior / Divulgação)

Na casa simples, de madeira, localizada no bairro Getúlio Vargas em Bom Retiro do Sul, moram Nady Mallmann (77) e seu esposo Hélio José Mallmann (76). Natural de Cruzeiro, o casal vive no município há mais de 50 anos. Já aposentados, ambos têm problemas de saúde crônicos – seu Hélio já colocou sete pontos de safenas no coração e qualquer esforço põe sua saúde em risco; dona Nady sofre de ansiedade e o tempo lhe trouxe um problema no joelho que dificulta sua locomoção.

O quadro clínico do casal apresenta a dificuldade que seria para se locomoverem até a ESF do Bairro São Francisco (responsável pelo atendimento do endereço onde moram). Indo ao encontro de problemas como esse, que o modelo de funcionamento da ESF é diferente e tem como objetivo aproximar o atendimento do paciente, buscando a humanização e integralidade do cuidado. Assim, um dos trabalhos desenvolvidos pela ESF é o atendimento domiciliar, em todas as quartas pela manhã.

O aconchego das consultas

A agente de saúde Neusa Barcelos e o médico Jorge Miguel Reyna acompanham o casal Mallmann há cerca de dois anos. As visitas periódicas da agente buscam analisar qual o estado de saúde de dona Nady e seu Hélio e quando há a percepção de que é necessário o atendimento médico, é agendada a consulta domiciliar do doutor Jorge. Dona Nady conta que ambos já são de casa e nas quartas quando há o atendimento do doutor Jorge, ela e seu marido acordam cedo, deixam a porta aberta, esperando eles chegarem. “Atendendo a gente em casa é muito melhor. Eu com o problema no joelho não consigo mais caminhar muito, né? E o Hélio, com esse problema no coração, tem que ficar de repouso. O doutor Jorge vindo na casa da gente é muito bom pra nós” coloca Nady.

Na consulta da última quarta, 18, doutor Jorge não diagnosticou nenhuma anormalidade nos casos e receitou os remédios que o casal já está acostumado. Como a locomoção até a farmácia é bastante complicada, a agente de saúde Neusa busca os remédios receitados no Posto do Centro e leva até eles. Doutor Jorge diz que os atendimentos domiciliares o aproximam muito dos pacientes que o acolhem com carinho. Segundo ele, esse acompanhamento faz bem, inclusive, para o bem-estar daqueles que recebem o atendimento médico em casa.

Funcionamento

Diomara Padilha, coordenadora da ESF do Bairro São Francisco, coloca que os atendimentos domiciliares são reservados aos pacientes idosos, com dificuldade de locomoção, que vivem sozinhos, aos acamados e todos aqueles que apresentam algum tipo de impedimento de ir até a ESF. A coordenadora diz que, em média, por mês, são realizados 24 atendimentos, todos nas quartas-feiras pela manhã. Diomara lembra, ainda, que nas quartas durante o período da tarde a prioridade de atendimento na sede da ESF é para as gestantes. A coordenadora finaliza dizendo que os atendimentos domiciliares são um avanço no que diz respeito à saúde pública, dando comodidade e o respeito que os pacientes merecem.

 

AI Prefeitura

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