Giro do Vale

Giro do Vale

quinta-feira, 28 de março de 2024

Unidade da JBS de Bom Retiro, deve retomar o funcionamento normal nesta semana

Foto: Juliano Beppler / Giro do Vale / Arquivo

Parte das atividades da empresa foram paralisadas por indicação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado do Rio Grande do Sul. (Foto: Juliano Beppler / Giro do Vale / Arquivo)

Uma comissão interna formada por integrantes da diretoria e funcionários do frigorífico JBS em Bom Retiro do Sul trabalha para adequar o espaço da fábrica, a partir de apontamentos da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul. Desde a última sexta-feira, dia 18, parte da empresa está interditada. A medida atinge cerca de 10% dos funcionários, que foram à unidade mesmo com a suspensão das atividades. No total, são 380 profissionais lotados no frigorífico.

A partir da fiscalização, pediu-se que seja revista a instalação da caldeira e das prateleiras e construído um suporte para lenha. Representando os assalariados, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas da Alimentação, Pedro Mallmann, questiona a interdição. Ele afirma que não foi estipulado prazo para as adequações.

Em entrevista à Rádio Independente Mallmann falou sobre o assunto. “Em nenhum momento o sindicato foi oficiado da fiscalização. Causou estranheza porque em outras ocasiões, principalmente no caso de força-tarefa, o sindicato é notificado a acompanhar toda a vistoria, tanto do Ministério do Trabalho quanto do Ministério Público do Trabalho”, revela. Mallmann questiona os motivos para a suspensão das atividades, e garante que “não sabe de nenhuma denúncia, nem de acidentes que possam ter levado à fiscalização repentina”.

O sindicato se utiliza apenas de informações de pessoas ligadas à empresa e dos próprios trabalhadores. A expectativa da entidade, a partir dos relatos, é de que o trabalho volte ao normal até a próxima quarta-feira, dia 23. Dos aproximadamente 380 funcionários da JBS em Bom Retiro do Sul, cerca de 40 foram atingidos pela interdição determinada pela superintendência. “A maioria está trabalhando normalmente. Os demais passam por treinamentos”, conta.

Apontamentos

Situações que envolvem a ergometria deverão ser revistas na unidade, que produz mortadela e linguiça calabresa com a marca Seara, entre outros produtos. A principal adequação envolve a caldeira, utilizada para a cocção de alimentos. No seu lugar deverá ser instalado um equipamento moderno, que utiliza cavaco – semelhante ao que funciona na planta da empresa em Montenegro.

“O que é realmente impactante é a questão da caldeira, na qual o pessoal está se empenhando para resolver o quanto antes”, revela Mallmann. Caso a adequação leve mais dias que o previsto, o rendimento do negócio poderá ser prejudicado. Segundo o presidente do sindicato, “poderá atingir grande parte da empresa, que necessita de frio para conservar os alimentos”, explica.

Além da caldeira, deverá ser revista a altura das prateleiras e construído suporte de 30 centímetros de altura para empilhar lenha. Hoje o material fica junto ao chão da fábrica. Essa foi a primeira interdição da JBS em Bom Retiro do Sul.

A JBS emitiu nota falando sobre a interdição:

“A JBS informa que analisa e trabalha para atender às recomendações da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Rio Grande do Sul na unidade de Bom Retiro do Sul com a maior agilidade possível. A Companhia esclarece que a maior parte das recomendações do órgão se refere a melhorias em ergonomia. A unidade voltará a funcionar normalmente assim que as melhorias recomendadas forem implementadas.”

 

Grupo Independente

Compartilhe:

Ainda não há comentários

Os comentários estão fechados no momento.

Leia também