Giro do Vale

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quinta-feira, 28 de março de 2024

Grêmio x Lanús: Decisão para fazer e ficar na história da Libertadores

Foto: Foto: Fabiano do Amaral / Divulgação

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Para chegar ao topo da América pela terceira vez na sua história, para atingir o cume do Aconcágua, a montanha mais alta do continente americano com 6.961 metros de altura, para trazer a taça da Libertadores da América para Porto Alegre o Grêmio precisa sair “vivo” de La Fortaleza, na Argentina, a partir das 21h45min desta quarta-feira, dia 29. Em 1983, contra o Peñarol foi um páreo duro. Em 1995, na Colômbia, um clima hostil. Portanto, a história gremista é de superação em Libertadores.

O estádio, casa do Lanús, adversário aguerrido do Tricolor é um alçapão: torcida no cangote o tempo todo. O time de Renato Portallupi está em vantagem, venceu a primeira partida da decisão por 1 a 0. O jogo terminou com polêmica – pênalti em Jael, uso do VAR, empurra-empurra, confusão. O clima tenso seguiu durante toda a semana: reuniões, troca de farpas. Mas, para o capitão Pedro Geromel erguer a taça, tudo isto deve ser esquecido. Título se decide no campo. Por isto, com exceção de Kannemann, suspenso, a tendência é que a equipe seja a mesma que começou o jogo na Arena. Para a vaga do zagueiro argentino, Bressan deve ser o escolhido. Ainda no sistema defensivo, o Tricolor tem em Marcelo Grohe uma segurança. Frio e calculista, o goleiro do Grêmio já mostrou que não é fácil vencê-lo. Na frente dele, Geromel. Sinônimo de raça, qualidade técnica e humildade: se precisar chutão, dá chutão. Nas laterais, os perigosos Edílson, de chegada forte e chute potente, e Cortez, na esquerda, como elemento surpresa. No meio-campo, o coração da equipe, Jaílson, Arthur, Ramiro, Luan e Fernandinho ditam o ritmo. Marcam e avançam. O camisa 7 aliás, bem marcado no primeiro jogo, talvez tenha mais espaço para seus arremates e tabelas com Fernandinho e Lucas Barrios.

A tendência é que seja uma partida dura, brigada, com cada jogador ocupando o máximo de espaço no gramado do acanhado La Fortaleza, não dando chance ao adversário respirar. Ambos os times gostam de ficar com a bola no pé, de triangulações, de estocadas certeiras. O técnico do Lanús, Jorge Almíron, deu declarações de que irá atacar o Tricolor desde o começo. Mas não terão pressa. Não se afobam. Em Porto Alegre eles controlaram o jogo, especialmente no primeiro tempo, e tiveram duas oportunidades, salvas por Grohe. Eles vão avançando suas linhas trocando passes e na hora certa finalizam. Marcone, Acosta e Sand formam um tridente perigoso. O Grêmio, portanto, para anular estas armas, terá que adotar a mesma postura do segundo tempo na Arena: encularrar o Lanús, forçar o erro, o atropelo. E assim, com o espaço na defesa, um dos pontos vulneráveis dos argentinos, silenciar os mais de 40 mil argentinos que estarão nas arquibancadas e fazer explodir uma nação em azul, preto e branco.

O grupo gremista mostrou ao longo da competição credenciais que possibilitam ao torcedor gritar tricampeão ao final da partida. Não perderam a cabeça, não se assustaram e souberam controlar o ímpeto dos adversários. A verdade é que será uma partida de xadrez. Um movimento em falso e a Copa Libertadores mudará de dono. Veremos ao final do jogo qual Rei estará de pé: Grêmio ou Lanús. Se teremos um tricampeão ou um campeão inédito.

Libertadores 2017 – Final

Lanús

Andrada; Gómez, García Guerreño,Herrera, Velázquez; Martínez, Marcone, Pasquini; Silva, Sand, Acosta. Técnico: Jorge Almíron

Grêmio

Marcelo Grohe; Edilson, Geromel, Bressan, Cortez: Jailson, Arthur, Ramiro, Luan, Fernandinho; Lucas Barrios. Técnico: Renato Portaluppi

Local: La Fortaleza, Lanús, Argentina

Horário: 21h45min

Árbitro: Enrique Cáceres (PAR)

 

Correio do Povo

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