Giro do Vale

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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Governo do RS arrecada R$ 484,9 milhões com leilão de ações do Banrisul

Foto: Palácio Piratini / Divulgação

O leilão de ações do Banrisul, realizado nesta terça-feira, rendeu R$ 484,9 milhões ao governo com a venda de 26 milhões de ações preferenciais, sem direito a voto, no valor de R$ 18,65 cada. O preço mínimo de cada ação era de R$ 18. Os papéis vendidos representam 12,75% das ações preferenciais e 6,35% do total do capital, conforme informações do mercado repassadas por José Júnior de Oliveira, presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-Sul).

O leilão ocorreu após o governo ter decidido cancelar a venda de 48,57% das ações ordinárias, com direito a voto. A operação anunciada na segunda-feira foi conduzida pelo BTG Pactual. Em nota oficial o governo detalhou a venda do lote excedente das ações: “É mais uma etapa do esforço para buscar, através de medidas financeiras emergenciais, o equilíbrio fiscal e atender, desta maneira, aos seus compromissos mais essenciais para a sociedade”.

“É importante salientar que esta operação em nada altera a condição do Estado como acionista controlador do banco. O Banrisul, portanto, seguirá agora mais fortalecido em sua gestão profissional e que vem registrando resultados importantes em favor da própria instituição, seus acionistas e colaboradores, assim como para a economia gaúcha”, acrescentou. “Do ponto de vista da arrecadação o Estado conseguiria um preço maior pelo banco todo, o que talvez fosse mais adequado, mas a situação financeira está complicada, então a venda foi feita dentro do possível”, disse Oliveira, ressaltando que com a venda “fatiada” é possível que o RS ganhe menos. Sobre o leilão, acredita que os reflexos da venda, positivos ou negativos, serão conhecidos “mais adiante”.

A diretoria do Banrisul não se manifestou sobre a venda. O Sindicato dos Bancários do RS (SindBancários) promoveu um ato em frente à agência central do Banrisul. Segundo avaliou o presidente da entidade, Everton Gimenis, o leilão foi “praticamente secreto”. “Vamos entrar com ação judicial para impugnar a venda”, afirmou.

 

Correio do Povo

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