Giro do Vale

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sexta-feira, 29 de março de 2024

Quarentena no RS não vai acabar em menos de 10 dias, diz Eduardo Leite

As medidas de restrição à circulação de pessoas no Rio Grande do Sul não serão revistas pelo governo gaúcho até o final da próxima semana. A afirmação foi feita pelo governador Eduardo Leite, em uma manifestação pela internet, na última quinta-feira, dia 26. Para ele, um relaxamento nas regras, que incluem a redução de atividades econômicas, só irá ocorrer após análise do avanço do coronavírus no Estado e da capacidade de atendimento da rede.

“A quarentena deve ir, pelo menos, até o final da próxima semana, e durante a próxima semana vamos avaliar os dados, as informações da evolução do quadro de contágio no Estado, para compreendermos melhor a curva que estamos tomando e também para compreender os instrumentos que teremos para enfrentar os quadros que vão se agravar” disse.

O governador destacou que é preciso entender a evolução na quantia de infectados e a previsão de aumento no número de lugares a quem ainda vai precisar de leitos clínicos ou de terapia intensiva.

Segundo ele, o Rio Grande do Sul receberá equipamentos, como respiradores, por meio do Ministério da Saúde, além de equipamentos para a proteção de profissionais que atendem os doentes. A pasta não deu prazos, embora a expectativa é que a entrega possa ocorrer na próxima semana.

A manifestação de Eduardo Leite ocorreu após questionamento sobre um manifesto divulgado nesta quinta-feira por entidades empresariais, com a sugestão de prazos para a retomada da atividade econômica no Estado. O texto pede que o retorno ocorra, gradativamente, a partir de 1º de abril, com metade do quadro de pessoal. Já o restabelecimento pleno ficaria para 6 de abril.

Leite respondeu que há a preocupação com a economia, mas que o cuidado maior é com a “vida das pessoas”. Também pontuou que nenhuma ação será tomada sem “evidências científicas” que deem segurança:

“É prematuro falar em prazos. Isso seria um achismo, um chute, falar qualquer dado sobre volta de 50% ou 100% em tal data sem antes termos informações técnicas.”

Durante a manifestação, o governador anunciou medidas para o setor empresarial, entre elas a suspensão do encaminhamento de dívidas a protesto e negativação de pessoas jurídicas junto ao Serasa, o cancelamento de intimações para comprovar garantias e a inclusão de empresas no regime especial de fiscalização estadual.

Leitos

Também foi anunciada a contratação de 95 leitos de cuidados prolongados em cinco hospitais do interior gaúcho. Eles liberam leitos clínicos e de terapia intensiva para quem precisar de cuidados devido ao coronavírus. O custo será de cerca de R$ 600 mil por mês.

As instituições que integram a medida são a Associação Hospitalar Marcelinense (Marcelino Ramos), a Associação Hospital Beneficente Ajuricaba (Ajuricaba), a Sociedade Hospitalar de Caridade (Alecrim), o Hospital Santa Terezinha (Palmitinho) e o Hospital Doutor Roberto Binato (São João do Polêsine).

GaúchaZH

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