Giro do Vale

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sábado, 20 de abril de 2024

Presos dois suspeitos de aplicar o golpe dos nudes usando nomes e imagens de policiais civis

Foto: Divulgação

Em uma investigação realizada pela Polícia Civil, foi apurado que sete vítimas caíram no chamado golpe dos nudes no Estado. O crime de extorsão teria sido praticado por um apenado que está na Penitenciária Modulada de Montenegro, que utiliza pelo menos duas pessoas para depositar valores obtidos com o crime. Uma operação foi deflagrada na manhã desta terça-feira, dia 12, na unidade prisional do Vale do Caí, além de em Farroupilha e Caxias do Sul, na Serra. Os suspeitos utilizam nomes e imagens de policiais civis para simular investigações.

A operação é coordenada pelo delegado André Anicet, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Segundo ele, foram concedidos três mandados de busca e dois de prisão preventiva. Uma ordem judicial de busca foi cumprida na cela do apenado investigado. 

Outros dois mandados similares, além dos de prisão, foram cumpridos nas duas cidades da Serra. Os dois suspeitos de fornecerem contas bancárias para depósitos de dinheiro das vítimas foram presos. Anicet apurou que são quatro vítimas da cidade de Áurea, uma de Gaurama e outra de Tapejara, todas do norte do Estado, além de uma sétima que mora em Pelotas, no sul do RS. 

Foram exigidos valores de até R$ 60 mil, mas a polícia comprovou pelo menos dois depósitos, de R$ 3 mil e R$ 8,6 mil. O Deic não repassou nomes dos envolvidos nos fatos porque a investigação continua em andamento e também para preservar as pessoas lesadas.

Como funciona o golpe?

Os investigados criam perfis falsos na rede social Facebook como se fossem de uma mulher jovem e atraente que passa a convidar homens de meia idade para serem amigos. Os contatos são aprofundados em seguida através de conversas no Messenger do Facebook e posteriormente no WhatsApp. Os homens recebem então fotografias de jovens nuas e mensagens de interesse sexual e amoroso por eles. As vítimas então também enviam as próprias fotos nuas.

A partir deste momento, os criminosos começa a praticar as extorsões, chamam os homens de pedófilos e exigem dinheiro para não serem denunciados. O titular da DRCI explicou que os golpistas se passam pelo pai das supostas meninas e cobram um determinado valor para o tratamento psicológico dela sob pena de ir na delegacia registrar o fato. ‘Um outro criminoso entra em contato dizendo ser policial civil e exigindo uma quantia para o arquivamento do procedimento policial, mandando falsas ocorrências policiais, com a foto da vítima, como se já tivesse solicitado a prisão preventiva daquele homem pela prática do crime de pedofilia”, afirmou.

GaúchaZH

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