Giro do Vale

Giro do Vale

sexta-feira, 29 de março de 2024

Anvisa aprova por unanimidade uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da CoronaVac no Brasil

Foto: Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade na tarde desta sexta-feira, dia 22, o uso emergencial de mais 4,8 milhões de doses da vacina CoronaVac no Brasil. Esse é o número de doses prontas que o Instituto Butantan tem à disposição, e estava aguardando liberação.

No último domingo, dia 17, a agência liberou o uso de 6 milhões de doses desta vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac. Agora, a Anvisa avalia o aval ao lote de imunizantes que foi envasado pelo Butantan.

A Gerência-Geral de Medicamentos da Anvisa foi a primeira a relatar um parecer técnico favorável ao uso emergencial de mais doses da CoronaVac no Brasil. A justificativa levou em conta o cenário da pandemia, o aumento do número de casos do coronavírus e a ausência de alternativas terapêuticas para a covid-19.

Também a Coordenação de Inspeção e Fiscalização de Insumos Farmacêuticos da Anvisa, em outro relatório, aprovou o uso emergencial de novo lote da CoronaVac no Brasil, justificando essa necessidade pelo atual cenário da pandemia e a calamidade da saúde pública no país.

“No contexto da imunização no Brasil, ninguém pode ficar para trás”, afirmou a relatora Meiruze Sousa Freitas, diretora da Anvisa, ao justificar seu voto, após a apresentação da área técnica.

Assim como Meiruze, a área técnica da Anvisa explicou a todo momento, durante a reunião transmitida ao vivo, que os benefícios da aplicação da vacina superam os riscos. Mas ainda há incertezas, e é preciso continuar monitorando cada passo desse uso emergencial no país.

“Mesmo em cenário de incerteza, uma vacina contra a covid-19 segura, capaz de prevenir e reduzir mortalidade e morbidade, pode ser autorizada para o uso emergencial, em especial pelo contexto desta pandemia, onde há poucos tratamentos de suporte disponíveis e não há medicamentos registrados na Anvisa com indicações específicas para o tratamento da covid-19”, concluiu.

As incertezas mencionadas pela relatora dizem respeito a determinados resultados que não foi possível confirmar no processo de análise. É o caso do prazo de validade da eficácia das doses, já que não houve tempo ainda para aferir isso.

A aprovação ocorreu por volta das 16h30min, com o voto do diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres.

GaúchaZH

Ainda não há comentários

Os comentários estão fechados no momento.

Leia também