Giro do Vale

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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Leite anuncia que RS negocia a compra de vacinas da Pfizer

Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini

Horas após a Assembleia Legislativa aprovar o projeto que prevê o remanejo de recursos para a aquisição de vacinas contra a Covid-19, o governador Eduardo Leite informou que o Estado negocia a compres de doses com a Pfizer. O imunizante da empresa americana teve seu registro definitivo aprovado pela Anvisa nesta terça-feira, mas não integra ainda o Plano Nacional de Imunização (PNI, do Ministério da Saúde. 

“Nós estamos buscando negociar a aquisição direta com a Pfizer para o estado do RS. Não é uma tarefa simples, se submete a critérios e condições”, afirmou Leite. “Mas nós não vamos descansasr enquanto não acharmos todas as frentes possíveis para acelerar esse proceso de vacinação da nossa população, e também exigir toda a articulação do Ministério da Saúde para que todo o Brasil seja imunizado o mais rápido possível.”

Ao justificar a medida, Leite criticou o Ministério da Saúde: “A gente confia e trabalha na lógica do PNI, mas não fica apenas assistindo e esperando em função das mensagens contraditórias do Governo Federal apresenta”, argumentou o governador, que acenou parceria com outros estados para a aquisição. 

No mês passado, Eduardo Leite esteve reunido com diretores da União Química, que fabrica no Brasil a vacina Sputinik V, desenvolvida pela Rússia. 

A compra de vacinas por estados e municípios foi autorizada nesta terça pelo Supremo Tribunal Federal. A aquisição é autorizada em caso de descumprimento do Plano Nacional de Vacinação pelo governo federal ou de insuficiência de doses previstas para imunizar a população. 

Pouca vacina e momento crítico

Em pouco mais de um mês do início da campanha de vacinação, o RS recebeu 704,4 mil doses – a maioria da Coronavac –, enviadas em quatro remessas diferentes. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, 425.597 pessoas já tomaram pelo menos a primeira dose da vacina. O Estado tem cerca de 11,4 milhões de habitantes.  

O Rio Grande do Sul vive o momento mais crítico da pandemia, com o sistema de saúde muito próximo do colapso, em razão da superlotação. Desde março do ano passado, o coronavírus está relacionado a pelo menos 11.932 óbitos e infectou mais de 612 mil pessoas no RS. 

Correio do Povo

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