Giro do Vale

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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Homem confessa que adotava gatos pela internet para depois torturar e matar os animais

um filhote de gato Um filhote de gato foi resgatado pela polícia durante abordagem na casa do acusado. (Foto: Divulgação / Polícia Civil)

Duas ocorrências de crueldade contra animais estão sendo investigada pela Polícia Civil da cidade de Jóia, localizada no Noroeste Gaúcho. Um homem prestou depoimento e confessou que adotava os animais pelas redes sociais, e depois os agredia e estrangulava até a morte.

Um grupo de ativistas foi criado na região e reuniu evidências de pelo menos 30 animais que teriam desaparecido, e todos eles teriam sido adotados por esse mesmo indivíduo. Somente um dos animais teria sobrevivido. O gato Sargento, que ele devolveu com patas e dentes quebrados três dias depois de ter adotado, alegando que houve uma queda de escada. Essa situação foi usada pelo grupo para denunciar o criminoso.

O acusado prestou depoimento ao delegado Ricardo Miron, da Delegacia Regional de Ijuí, e além de confessar a agressão ao gato Sargento, disse que havia estrangulado outro gato que era de Jóia. Ele confidenciou que adotava os animais pelas redes sociais, principalmente Facebook, para depois executá-los, mas antes disso, agredia, quebrando patas e dentes. Ele adotava de pessoas que criavam gatos e também de entidades de proteção. 

Apesar da nova lei federal dos maus-tratos, que prevê prisão e pena de reclusão de até cinco anos, ele responde pelos fatos em liberdade porque não houve flagrante.

Denúncias em outras cidades

Houve denúncias em Panambi, Santo Ângelo, Jóia, Ijuí e até em Santa Maria, na região Central, entre outras cidades. O delegado Miron já tem informações iniciais de que o caso de Santa Maria pode estar ligado ao mesmo investigado. Além de procurar a polícia, o grupo de ativistas tem uma advogada que está finalizando um dossiê sobre o caso para ingressar com uma representação judicial contra o criminoso. 

A polícia não divulgou o nome do homem porque a investigação continua, contudo revelou que ele é da cidade de Coronel Barros, no Noroeste, próxima de Ijuí. O delegado diz que os motivos, a partir do que foi apurado até agora, são fúteis e sem nenhuma razão aparente, não descartando problemas psicológicos. 

Em um ano, após a nova lei de maus-tratos a animais de estimação, o Rio Grande do Sul registrou um caso de crueldade contra cães e gatos por hora.

GZH

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