Giro do Vale

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terça-feira, 16 de abril de 2024

Lula oficializa pré-candidatura à Presidência da República

Foto: Divulgação

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou neste sábado, dia 7, sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto e confirmou a chapa com Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo. O evento de oficialização da pré-candidatura foi realizado em São Paulo. Centenas de apoiadores e alguns políticos do PT, como a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, participaram do ato. Também compareceram membros de PCdoB e PV, que formaram uma federação do PT, e de outros partidos de esquerda, como PSB, Rede, Solidariedade e PSol.

Durante o evento, Lula fez um discurso destacando programas sociais que foram implementados ao longo dos oito anos que presidiu o país, entre 2003 e 2010, e defendeu a defesa da soberania brasileira, fazendo críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o petista, o Brasil voltou ao mapa da fome, parou de investir em educação e nos centros de pesquisa científica, reduziu o orçamento da saúde e perdeu o controle das contas públicas. Por conta disso, segundo Lula, o custo de vida dos brasileiros encareceu, em especial devido aos altos preços dos combustíveis e dos alimentos.

“O Brasil voltou a um passado sombrio que havia superado. E para conduzir o Brasil de volta para o futuro, nos trilhos da soberania, do desenvolvimento, da justiça e da inclusão social, da democracia e do respeito ao meio ambiente, é que nós todos precisamos assumir o compromisso de voltarmos a governar esse país”, afirmou.

Lula ressaltou a aliança que formou com Alckmin, apesar de os dois terem sido adversários no passado. “Tenho orgulho de contar com o companheiro Geraldo Alckmin. Fomos adversários, mas também trabalhamos juntos e mantivemos o diálogo institucional e o respeito pela democracia. Tive em Alckmin um adversário leal e estou feliz por tê-lo na condição de aliado. Um companheiro cuja lealdade jamais faltará”, disse.

“O grave momento que o país atravessa, um dos mais graves da nossa história, nos obriga a superar eventuais divergências. Queremos construir um movimento cada vez mais amplo de todos os partidos, organizações e pessoas de boa vontade que desejam de volta a paz e a concórdia ao nosso país”, acrescentou.

Divergências superadas

Alckmin participou do evento de forma virtual, visto que foi diagnosticado com Covid-19 na sexta-feira (6). Assim como Lula, ele disse que qualquer desentendimento entre os dois ficou para trás.

“Nada, nenhuma divergência do passado, nenhuma diferença do presente, nem as disputas de ontem, nem as eventuais discordâncias de hoje ou de amanhã, absolutamente nada servirá de razão desculpa ou pretexto para que eu deixe de apoiar e defender com toda a minha convicção a volta de Lula à Presidência do Brasil”, declarou.

“Quando Lula me estendeu a mão, vi nesse gesto muito mais do que o sinal de reconciliação entre dois adversários históricos. Vi um verdadeiro chamado à razão. Pensemos na união de hoje, que é o que mais importa. O que mais importa é aquilo que o Brasil precisa”, completou o ex-governador.

A candidatura de Lula e Alckmin à Presidência deve ser oficializada entre 20 de julho e 5 de agosto, período determinado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para a realização das convenções partidárias, quando as legendas escolhem quais candidatos disputarão as eleições. O prazo máximo para que a candidatura seja registrada no TSE é 15 de agosto.

Correio do Povo
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