Giro do Vale

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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Caminhoneiros prometem paralisar na próxima quinta-feira

Foto: Divulgação

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Os caminhoneiros vão parar novamente nesta quinta-feira, dia 23, caso suas reivindicações não sejam atendidas pelo Governo Federal. Nesta terça-feira, dia 21, terminou o prazo pedido pelo governo para um entendimento com o setor de cargas e conceder a principal exigência dos caminhoneiros: a tabela de custo que possa embasar um preço mínimo para o transporte de mercadorias. Os representantes da categoria alertam para o risco de greve geral, caso não seja fechado acordo com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, na reunião desta quarta.

Para o deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), relator da comissão externa da Câmara que acompanha o movimento dos caminhoneiros, a situação econômica do país em relação ao transporte de cargas piorou nas últimas semanas: “Se não houver resposta aos pedidos, eles vão parar. Será um problema enorme para a economia do Brasil”.

O parlamentar aponta que com a diminuição da demanda de frete, a crise agravou. A única coisa que salva é a safra de grãos, mantendo minimamente viável o transporte de cargas. Mas, em poucas semanas, também irá terminar. “Então, a crise voltará com mais força, pois o governo, até agora, não tomou nenhuma medida concreta para ajudar a resolver as questões dos caminhoneiros e permitir que enfrentem suas dificuldades”, salientou.

Conforme Terra, o governo já deveria ter anunciado a abertura do crédito especial de R$ 50 mil, com juros de 2% ao ano, destinado aos caminhoneiros autônomos. Medida que, segundo ele, daria “fôlego” para os trabalhadores pagarem as dívidas em um contexto econômico desfavorável, com o aumento do diesel e queda no preço dos fretes.

Terra reclama que o caminhoneiro tem que pagar para andar, o frete não vale a viagem, o custo que tem não compensa sair de casa e o frete é baixo. “Precisamos de respostas que ajudem não só a enfrentar e melhorar as condições de frete, como a diminuir os custos dos caminhoneiros”, frisou.

Segundo ele, enquanto o governo não enfrentar as questões do óleo diesel, nem permitir um crédito especial para rolagem das dívidas, ou oficializar o prazo de carência dos empréstimos e não tiver o preço mínimo de frete, será difícil convencer a categoria a continuar trabalhando.

 

Correio do Povo

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