Giro do Vale

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domingo, 6 de outubro de 2024

Contas de luz da AES Sul vão subir, em média, mais 5,46%

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta terça-feira, dia 14, aumento médio de 5,46% nas contas de luz de clientes da AES Sul, distribuidora que atende a 1,3 milhão de unidades consumidoras no Rio Grande do Sul.

O reajuste começa a valer em 19 de abril. Para a baixa tensão (residências e comércio), a alta média será de 4,36%. Já para a alta tensão (indústria), será de 6,95%, também na média.

Esse aumento se refere ao reajuste que as distribuidoras têm direito e que é avaliado uma vez ao ano pela Aneel. Em 2015, porém, devido ao forte aumento das despesas no setor elétrico, a agência também promoveu uma revisão extraordinária da tarifa da maior parte das distribuidoras do país, que começou a valer em março.

Nessa revisão extra, que na prática funcionou como um segundo reajuste anual, as contas de luz dos clientes da AES Sul já haviam sofrido aumento de 39,5%, o maior entre as 59 distribuidoras do país contempladas.

Energia mais cara

Os índices aprovados pela Aneel no reajuste anual funcionam como um teto, ou seja, o limite que a distribuidora pode aplicar. A empresa tem autonomia para repassar aos consumidores um percentual menor.

Em 2015, porém, a agência vem autorizando reajustes altos devido ao encarecimento da energia no país nos últimos meses, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país e o uso mais intenso de termelétricas (usinas que geram eletricidade pela queima de combustíveis como óleo e gás).

O ajuste fiscal feito pelo governo Dilma Rousseff com o objetivo de reequilibrar suas contas também contribui para os aumentos mais fortes nas tarifas de luz em 2015. Isso porque o governo decidiu repassar aos consumidores todos os custos com os programas e ações no setor elétrico, entre eles o subsídio à conta de luz de famílias de baixa renda e o pagamento de indenizações a empresas. Em anos anteriores, o Tesouro assumiu parte dessa fatura, o que contribuiu para alivias os aumentos.

Além disso, como a lei prevê que os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste paguem a maior parte dessa conta extra, a alta no preço da eletricidade para quem mora nessas regiões será mais forte em 2015 do que para quem vive no Norte e Nordeste.

As distribuidoras não lucram com a revenda de energia fornecida pelos geradores (usinas), mas sim com o serviço de levá-la até os consumidores. Entretanto, podem repassar para as tarifas todo o custo com a compra dessa energia.

 

G1.

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