Mulheres fazem do voluntariado, a ponte para uma vida mais feliz
- porJuliano Beppler da Silva
- 18 de outubro de 2015
- 9 anos
Muitas pessoas são realizadas profissionalmente fazendo aquilo que sempre sonharam. Além dessa realização profissional, o salário do mês também é levado em conta na hora da escolha de seus afazeres. Também existem aquelas pessoas que se satisfazem em poderem realizar trabalhos voluntários, de ajuda ao próximo, sem nenhuma remuneração. Em Bom Retiro do Sul três mulheres fazem do voluntariado uma forma de ajudar ao próximo, e a si mesmas.
O Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) do município conta com a colaboração de Elisa Maria Miranda (57), Nani Aparecida Saraiva Paz (49) e Rosimeri Cardoso Müller (49). No mínimo uma vez por semana o trio auxilia na organização do estoque das doações de confecções, calçados, entre outros itens que posteriormente são retiradas pela população mais carente. Elas também ajudam as famílias na hora da escolha das doações que serão levadas para casa. Eventos realizados pelo CRAS também contam com a colaboração dessas mulheres.
Além do voluntariado, elas têm outra coisa em comum. Ambas já participaram, ou participam de oficinas de artesanato oferecida pelo CRAS.
Contra câncer e depressão
Elisa não imagina sua vida atualmente sem o contato com as pessoas durante o trabalho voluntário. “Esse contato me faz muito bem. Aqui conheço várias pessoas, conheço também seus problemas e temos como exemplo pessoas com problemas piores que os nossos, o que nos fazem repensar a vida”.
Ela lembra que no CRAS encontrou alento no momento em que mais precisou. “Tive câncer e aqui recebi ajuda. Tive depressão e o contato com as pessoas aqui me fez e continua me fazendo muito bem. Me sinto útil em poder ajudar de alguma forma, e isso acaba fazendo bem também para mim”, destacou Elisa.
A humildade que cativa
Uma história que marcou a trajetória de Nani neste voluntariado ocorreu durante o auxílio na escolha de roupas. “Ajudei uma senhora que chegou aqui com sua filha, que tinha um bebê no colo. A simplicidade e humildade delas me marcou muito. Me pediam toda hora se poderiam levar as peças escolhidas, tudo com uma educação realmente marcante, vinda de pessoas que aparentavam realmente precisar muito daqueles itens. É uma coisa que deveria ser mais comum, mas não vemos todos os dias”, lembra ela.
Ela também reforçou o desejo de que mais pessoas possam agir de forma voluntária. “Que sejamos mais pontes de solidariedade ao invés de muros de egoísmo”.
Ouvido amigo
Rosimeri conta que para ela esse voluntariado funciona como uma terapia positiva. Além disso ela relata uma história que lhe marcou durante essa trajetória de voluntariado no CRAS. “Cada dia saímos daqui com uma nova história, mas uma em especial me marcou. As vezes as pessoas querem ser ouvidas, e em um determinado dia, enquanto eu auxiliava uma senhora, ela começou a desabafar comigo sobre os problemas dela com o marido, e as dificuldades que enfrentava na sua casa com ele e os filhos. Foi algo que marcou, pois mal nos conhecíamos, e naquele momento fui útil para ela, somente por ouvir o que ela tinha a dizer”.
“Eu recebi um convite para vir ser voluntária e aceitei. Hoje me sinto muito feliz aqui. As vezes falta esse detalhe: o convite. Acredito que mais pessoas tenham vontade de fazer esse tipo de ação”, finalizou Rosimeri
Não ficam sem
As três mulheres são unanimes em um pensamento. Elisa, Nani e Rosimeri não conseguem ficar muito tempo longe desse trabalho voluntário. Para elas, não é simplesmente o fato de auxiliarem as pessoas, mas também uma maneira de ajudarem a si mesmas, elevando a autoestima e fazendo novas amizades.
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Comentários
Nani Paz
18 outubro, 2015A reportagem ficou completa.Obrigado pelo respeito demonstrado.Adorei.
Leandro costa silva
19 outubro, 2015Mais a Nani essa é a minha sogra Parabéns