Subiu para dez o número de cidades do Rio Grande do Sul afetadas pelo protesto de caminhoneiros nesta segunda-feira. A manifestação que ocorre contra o aumento de combustíveis, tributos sobre transporte e a alta do preço de pedágios ganhou apoio nos municípios de Santa Rosa e Tuparendi.

Além de Santa Rosa e Tuparendi, as cidades de Boa Vista do Buricá, Ijuí, Pelotas, São Sepé, Seberi, Júlio de Castilhos, Palmeira das Missões e Giruá também registram protestos dos caminhoneiros.

Em Tuparendi, os protestantes se reuniram na ERS 344, no trevo de acesso à cidade. Eles contam com apoio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município. O presidente da entidade, Itálico Cielo, destaca que a classe reivindica pelo aumento do diesel, que encarece o custo da produção. “Sempre estoura no produtor. A agricultura sustenta todos os planos econômicos do Governo”, afirmou.

Cielo diz que os agricultores tentam negociar com os motoristas para a liberação de caminhões carregados de leite, e que, mesmo se não houver flexibilização, a categoria seguirá apoiando a mobilização. Os protestos devem seguir nesta terça-feira na região. Carros de passeio e ambulâncias não são parados, apenas caminhões.

Centenas de caminhões seguem parados na BR 468

Centenas de caminhões permanecem parados no acostamento da BR 468 em Palmeira das Missões. Veículos de carga também lotam os pátios dos postos de combustível. A manifestação, que iniciou às 9h da manhã, não tem horário para terminar, segundo os caminhoneiros.

Um caminhoneiro disse que o aumento do preço do óleo diesel tem inviabilizado as atividades de transporte de carga. “Além disso, temos estradas em precárias condições e valores dos fretes defasados”, afirmou um motorista que preferiu não se identificar.