A sexta-feira será mais um dia com predomínio do sol no Rio Grande do Sul, entretanto são esperadas nuvens no céu em algumas áreas. Não se pode afastar chuva no Litoral Norte, sobretudo no começo do dia. O final da madrugada e o início da manhã podem registrar nevoeiro localizado em parte do Estado.A temperatura durante a manhã será agradável. Já a tarde tem calor, mais intenso no Noroeste. No Oeste e principalmente no Noroeste, o ar seco proporciona grande amplitude térmica com marcas amenas na madrugada e forte calor à tarde.

As mínimas rondam os 14°C em Vacaria e 15°C em São José dos Ausentes. As máximas, por sua vez, devem chegar a 34°C em Santa Rosa. Em Porto Alegre, os termômetros variam entre 20°C e 32°C.

O município de Caraá, no Litoral Norte, foi o que mais teve chuva aqui no Estado na atuação do ciclone Cari com 159 mm. Para se ter ideia, a média histórica de chuva de março todo na região é de 140 mm.

Os maiores volumes de chuva no Litoral Norte com Cari não ocorreram nas praias, mas em cidade da encosta da Serra ou entre os morros. Umidade que vinha do mar ascendeu ao encontrar o relevo e gerou chuva orográfica com altos volumes.

Ciclones tropicais do tipo furacão costumam trazer não só vento destrutivo como chuva muito volumosa. Não é à toa que o recorde mundial de chuva em 24h de 1825 mm em 1966 nas Ilhas Reunião, no Índico, ocorreu em ciclone tropical (Denise). As mesmas ilhas possuem o recorde mundial de chuva em furacão (Hyacinthe) de absurdos 6083 mm em 14 dias em 1980.

Até hoje, só tivemos um furacão documentado na costa brasileira. Catarina em 2004. A curiosidade é que, mesmo sendo furacão e de categoria 2, logo um ciclone muito mais intenso que a tempestade subtropical Cari desta semana, Catarina trouxe menos chuva. Torres teve 78 mm com Cari e 72 mm no furacão de 2004. O mesmo se deu no Sul catarinense.