Giro do Vale

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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Mulher é presa e carros são apreendidos em Bom Retiro do Sul durante operação contra abigeato

Foto: Polícia Civil / Divulgação

Foto: Polícia Civil / Divulgação

Agentes da Polícia Civil deflagraram na manhã desta quarta-feira, dia 14, a operação Cooptare, para combater uma quadrilha envolvida no furto de bovinos em fazendas do Rio Grande do Sul. Estão sendo cumpridas 48 ordens judiciais, sendo 17 mandados de prisão preventiva, além de ações de busca e apreensão de caminhões e carros utilizados pela quadrilha para o transporte da carne.

Em Bom Retiro do Sul os agentes policiais cumpriram mandado de prisão preventiva contra uma mulher de 37 anos, companheiro de um indivíduo preso em dezembro do ano passado por participação no grupo criminosos alvo da operação. A casa onde ela estava morando fica no Bairro São João. No local ainda foram apreendidos um caminhão Ford Cargo com baú frigorífico – provavelmente utilizado para o transporte de carne do abigeato, e mais dois veículos, um Fox e um Siena, que a polícia acredita que possam ter sido comprados com o dinheiro do crime.

Segundo a Polícia Civil, os agentes ainda encontraram na casa um revólver calibre 38, e por isso a mulher deve ser presa em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Trabalharam nessa ação policiais da Delegacia de Polícia de Bom Retiro do Sul e do Setor de Investigação (SI) da Polícia Civil de Lajeado.

Líder preso

Em Venâncio Aires a operação contou com a prisão de um homem apontado como um dos chefes da quadrilha. Ele teria sido preso em Vila Santa Mônica, no interior de Mariante. No local, foi apreendido um caminhão com uma tonelada de miúdos de gado.

Ex-vereador suspeito em Progresso

Um ex-vereador de Progresso foi preso suspeito de integrar o bando. A polícia se preparava para dar início à operação, quando avistou ele trafegando com um caminhão usado para o transporte de animais. O veículo foi apreendido, além de R$ 10 mil em dinheiro e cheques. Na residência do homem, foram apreendidos documentos sobre venda de animais e uma arma.

Estelionato

De acordo com a investigação, a organização criminosa também atuava no ramo do estelionato, já que comprava animais pagando os criadores com cheques sem fundo. A operação foi denominada de Cooptare porque alguns membros da quadrilha aliciavam empregados de fazenda para roubarem os animais e revenderem a receptadores por preços irrisórios. Em alguns casos, a carne era repassada por 20% do valor de venda.

“É o maior grupo organizado para fins, principalmente, de cometer o furto abigeato nas propriedades rurais do Rio Grande do Sul. (…) A estrutura deles era não só em logística para que tudo acontecesse, mas pessoas com conhecimento da lida do campo para fazer o arremate, o carregamento, o transporte e abater os animais”, revelou o chefe de polícia, Emerson Wendt.

A ação foi deflagrada pela Força-Tarefa de Combate ao Abigeato, coordenada pelo delegado Adriano Linhares. As ações acontecem também em Santa Maria, Canoas, Camaquã, Quaraí, Santana do Livramento, Júlio de Castilhos, Paraí, Arroio dos Ratos, Palmeira das Missões e Dom Pedrito.

“A organização atuava em várias modalidades. Dentre elas, uma das principais, era o furto de animais vivos. Chegavam com um caminhão na propriedade, carregavam os animais, levavam para um abatedouro e depois comercializavam. Outra modalidade, que gerou o nome da operação, eles aliciavam os empregados das fazendas e, por isso, o número de animais subtraídos foi muito alto. Em Livramento, um proprietário tomou conhecimento através da investigação. Cerca de 200 reses foram levadas dessa vítima, que não sabia do fato”, revelou o delegado Linhares.

 

Correio do Povo / Portal Gaz / Grupo Independente / Giro do Vale

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