Giro do Vale

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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Grêmio inicia batalha contra Lanús em busca do tricampeonato da Libertadores

Foto: Ricardo Giusti / Divulgação

Foto: Ricardo Giusti / Divulgação

A imortalidade não vem de graça, deve ser conquistada. Foi assim que grandes guerreiros viraram heróis e deixaram seu nome na história ao longo do tempo. No caso do Grêmio, 10 anos, 5 meses e dois dias até a equipe dirigida por Renato Portaluppi chegar à mais uma final de Libertadores da América. O Tricolor busca o tão almejado tricampeonato – venceu em 1983 e 1995. Na primeira conquista, Renato, então o veloz ponteiro do time comandado por Valdir Espinosa foi peça-chave. Em 1995, sob o comando de Felipão, Paulo Nunes e Jardel destroçaram defesas como castelo de cartas.

Ninguém chega por acaso numa decisão. Ainda mais de Libertadores. Com o Grêmio não foi diferente. O grupo consistente, forte, organizado taticamente e de qualidade técnica foi sendo moldado desde a Copa do Brasil de 2016, quando mais de 50 mil gremistas comemoraram o título numa Arena pulsante e com alma. Renato vislumbrava ali uma base para uma trajetória exitosa no torneio mais importante da América. Houve perdas, sim, mas o Grêmio conseguiu provar que é um grupo e não um time. Chegaram peças importantes: Lucas Barrios, vindo do Palmeiras; Michel, do Atlético-GO e Arthur, destaque das categorias de base do Tricolor. O meio-campo, aliás, é o setor mais cerebral do Grêmio. Acelera e cadencia. Marca e ataca. Luan assumiu sua condição de craque e tem sido cada vez mais protagonista. Foi assim na semifinal contra o Barcelona-EQU. O centroavante Lucas Barrios mostrou que tem garra e alma copeira: foi decisivo contra o Botafogo. Durante os últimos dias, Renato fechou os treinos do Grêmio. Tudo para acertar cada detalhe do jogo da final. Deve ter ensaiado jogadas, cobranças de falta. Não deve ocorrer mudança na equipe. Os 11 que entrarão em campo às 21h45min na Arena devem ser Marcelo Grohe; Edílson, Geromel, Kannemann, Cortez; Jaílson, Arthur, Ramiro, Luan; Fernandinho e Barrios.

Da mesma forma, ninguém ouse duvidar do Lanús. A equipe atua junto há várias temporadas, possui um padrão de jogo definido. Tem um atacante poderoso, Sand e dois meias ofensivos que jogam com maestria. Pelos lados conta com os velozes Alejandro Silva e Lautaro Acosta. Porém, a defesa não é uma fortaleza. O goleiro passa insegurança e um dos zagueiros carece de técnica. Na sua campanha até a decisão eliminou dois campeões: San Lorenzo e River Plate, numa virada histórica.

Do lado argentino, o treinador poupou seus jogadores em várias rodadas do Campeonato Argentino, o que pode ter feito a equipe titular perder algum ritmo, porém, quando trata-se de final de Libertadores, isto não deve ser considerado. O técnico Jorge Almirón tem um time definido: Andrada; Gómez, Herrera, Braghieri e Velázquez; Martínez, Marcone e Pasquini; Silva, Sand e Acosta e um esquema: controle da bola, troca rápida de passes e ataque em contragolpe. O Lanús ainda não têm uma Libertadores e deve vir ávido para entrar no seleto grupo de campeões.

A verdade é que Geromel, Grohe, Kannemann, Luan, Barrios, entre outros estão perto de gravar, a ferro e fogo, seus nomes na história do Grêmio, perto de terem seus nomes imortalizados na memória da torcida gremista. Renato Portaluppi conhece o caminho da glória. Sabe o que siginifica erguer a taça Libertadores. E deve passar isto a cada um dos seus comandados.

É na casa tricolor que os primeiros 90 minutos desta histórica Libertadores da América – a 1ª disputada no novo formato – começará a ser decidida.

 

Correio do Povo

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