Giro do Vale

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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Grupo se mobiliza em redes sociais para clamar por mais segurança em Bom Retiro do Sul

Foto: Divulgação / Facebook

Moradores querem solução para acabar com a onda de crimes na cidade. (Foto: Divulgação / Facebook)

A sensação de insegurança que toma conta da população bom-retirense está fazendo a população mobilizar-se para pedir melhorias junto aos órgãos competentes. Os frequentes crimes que vem sendo cometidos no município fizeram com que um grupo mobilizasse um grande número de pessoas na busca por providências urgentes na solução a onda de ocorrências policiais na cidade, que até bem pouco tempo era pacata.

Com cerca de 11 mil habitantes, Bom Retiro do Sul vem sofrendo com uma onda de criminalidade sem precedentes. São furtos a residências a casas e assaltos que estão amedrontando a comunidade.

Um grupo promete comparecer nesta terça-feira, dia 17, na Câmara de Vereadores para solicitarem ao Poder Público municipal uma medida urgente para a contenção da criminalidade. A iniciativa está sendo compartilhada na rede social Facebook, e também pelo WhatsApp, convidando a toda comunidade para estar presente na reunião do Legislativo que tem início às 19h.

Tentativas de melhorias

Tanto o Poder Executivo, como o Legislativo, já realizaram encontros com os comandos regionais da Brigada Militar e Polícia Civil solicitando um aumento no efetivo de policiais que atuam no município. Em ambas as oportunidades houve a promessa de encaminhamento de novos policiais, porém em médio a longo prazo.

Efetivo insuficiente

Hoje Bom Retiro do Sul conta com um número de policiais civis e militares bem abaixo do que seria o ideal para o tamanho da cidade o que prejudica o trabalho de policiamento ostensivo e investigativo. Os cortes na área de segurança agravaram ainda mais a situação no caso da Brigada Militar que teve horas extras cortadas no início deste ano.

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Comentários

  • Marcelo
    20 março, 2015

    Bom dia Juliano.

    Tenho acompanhado ainda que distante, o atual problema que o município vem enfrentando e que tanto tem preocupado nossos munícipes e governantes: “a segurança pública”.
    Vejo muitas manifestações, sejam elas coletivas ou individuais a cerca deste tema, no entanto, não vi, talvez porque esteja distante, nada de concreto acontecer até o momento. Vi tão somente, discursos e reuniões que não visam ir ao cerne da questão, “A ORIGEM E RAZÕES PARA O CRESCIMENTO DA CRIMINALIDADE”. Fator que poderia ajudar a compreender as motivações dos crimes que tem ocorrido e buscar uma solução concreta e definitiva para o problema.
    Já vi falarem em instalação de três câmeras de monitoramento. Parceria público-privada entre Prefeitura e ACIAB. No entanto, questiono, quem realizará o monitoramento? Ou estas imagens somente serão utilizadas após a prática do delito, quando já tivermos uma vítima com sequelas emocionais irreversíveis ou quiça, mal pior?
    Para monitoramento constante (24hs dia), são necessários cinco pessoas, respeitando assim a jornada de trabalho estabelecida por lei. Quem fornecerá esta mão de obra? Polícia Civil? Polícia Militar? Município? Aciab? Creio ser mais razoável empregar estas cincos pessoas no policiamento nos horários críticos.
    Quem será efetivamente beneficiado pelas câmeras? Segundo informações, estas seriam instaladas na Rua Sen. Pinheiro Machado, logo, atenderá basicamente o comércio. O munícipe em geral não seria contemplado por tal mecanismo de segurança. E não adianta dizer que facilitaria a identificação do delinquente, não irá contribuir sequer para isso. O delinquente se move pela periferia, e não pelas vias mais movimentadas.
    É justo sim proteger o comércio, mas quem irá operar a ferramenta? Retiraremos das ruas os raríssimos policiais, para colocá-los em uma sala com aparelhos de televisão? Será esta a solução para a segurança de nossos munícipes? Creio que não.
    Só se combate o crime com inteligência e muito trabalho. A câmera de monitoramento pode ser um instrumento para assessorar a inteligência, mas não como meio para acabar com o crime.
    O crime tem uma história, um início, um meio e poderá ter um fim, se soubermos escrevê-lo.
    Você acredita que as pessoas escolhem ser criminosas? Que tenham de fato, optado por viver do crime? Talvez sim, uma ou outra pessoa. A grande maioria das pessoas que entram na vida do crime, não optaram, foram jogas para dentro por inércia do Estado, dos seus gestores e também por culpa nossa, que pomos a margem da sociedade pessoas que não tiveram oportunidade e que encontraram no crime e na droga sua única oportunidade de sobrevivência.
    Não fosse sua escolaridade e suas oportunidades, o que seria você capaz de fazer para por uma migalha de pão na boca de seu filho???
    Não tivesse nossos filhos uma vaga na creche, que nos permitisse trabalhar para sustentá-los, como proveríamos o pão? Sabemos que hoje, existem inúmeras mães impedidas de trabalhar em razão da falta de um lugar para deixar seu filho.
    O que o poder público tem feito para impedir este fenômeno? Quantas vagas de creche criamos nos últimos anos? Quantas vagas de emprego? Quanto gastamos em remédios, cirurgias e tratamentos? A falta destas necessidades básicas é a grande responsável pelo aumento da criminalidade.
    Talvez vocês me digam, mas os delinquentes são de fora do município…Sim, boa parte são. Pois a falta de serviço público acorre em muitos lugares. Mas a criminalidade age onde falta também a segurança pública. Quando o cerco aperta em Teutônia, o delinquente respinga para outro lugar. E chegou a vez de respingarem para Bom Retiro do Sul.
    Me lembro, que há não muito tempo, empresários locais fizeram audiência pública na Câmara de Vereadores e no auditório da Prefeitura, porque a Brigada Militar estava sendo muito rígida, autuava, prendia, abordava e revistava. Sugeriram o afastamento do comandante na oportunidade, agrediram policiais, encaminharam requerimentos ao Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) para transferir os policiais mais rigorosos.
    A consequência daqueles atos, refletem nos de hoje. Foram embora os policiais malvados e ficaram os bonzinhos. Não houve reposição de policiais, pois policial nenhum quer trabalham em cidades onde não são bem quistos, onde quando anda na rua, são ofendidos, ameaçados e por vezes até agredidos.
    Os problemas que justifiquem o crescimento da criminalidade em nossa querida Bom Retiro do Sul, são inúmeros, mas solucionáveis. A pergunta é, o que estamos fazendo para mudar a realidade, o que estamos fazendo para reincluir estes delinquentes na sociedade e impedir que voltem a delinquir. Tem emprego para ex apenado, analfabeto e dependente? Tem oficina profissionalizante? Tem creche e pré escola? Tem moradia digna? Se não fizermos nossa parte, não resolveremos jamais. Somente amontoaremos os presídios de pessoas que não tiveram oportunidade, que logo ali na frente, retornarão as ruas e continuarão as ações criminosas.
    Encher Bom Retiro do Sul de policiais, até pode resolver temporariamente, mas logo estarão agindo em Fazenda Vilanova, Estrela e em qualquer outro lugar.
    Segurança pública não é simplesmente afugentar o delinquente, assim ele só muda o local de ação. Segurança pública é inclusão social, trabalho de recuperação, geração de emprego, de renda, condições dignas.
    Se não tiver isso, resolveremos hoje, para sofrermos amanhã novamente.
    Obrigado pela atenção, é o que penso!!!

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