Foto: Aizar Raldes / AFP / Divulgação

A fase de grupos da Libertadores começa a apresentar seus principais candidatos para a segunda etapa do torneio. Para não correr o risco do Atlético-MG, que perdeu duas partidas consecutivas, o Inter quer reagir na competição no seu primeiro jogo no Beira-Rio. O adversário é o Universidad de Chile, derrotado pelo Emelec ainda na primeira rodada. A partida é decisiva para o Colorado. Uma vitória representa um salto na tabela, mas uma derrota pode iniciar um processo de ruína dos planos de conquistar o tricampeonato.

O jogo até pode ser decisivo para o futuro de Diego Aguirre. Apesar de ter vencido no Gauchão, na última rodada, o time ainda não adquiriu regularidade. As atuações instáveis ainda incomodam parte da torcida, que ainda espera por uma grande atuação. Após o Emelec ter vencido o The Strongest por 3 a 0 na terça-feira e alcançado seis pontos, os dois rivais querem evitar se distanciar da briga pela vaga às oitavas de final da Copa Libertadores.

A preparação do Inter foi marcada pelo mistério. Assim como nos dois dias anteriores, a equipe realizou um treino fechado à imprensa, no qual Diego Aguirre tentou encontrar o substituto ideal para Nilmar, expulso diante do The Strongest. A tendência é de que Eduardo Sasha atue mais adiantado, e o Colorado inicie a partida sem um centroavante de ofício. Na zaga, Paulão, lesionado, dá lugar a Alan Costa. Porém, a entrada de Réver não está descartada.

Outro ponto de interrogação é o meio-campo, que pode ter até três volantes. A dupla Nilton e Aránguiz pode ganhar a companhia de Nicolás Freitas, volante de forte marcação solicitado por Aguirre. Alex também tem chances de entrar na equipe, principalmente depois de marcar duas vezes contra o São Paulo de Rio Grande. Jorge Henrique corre por fora e pode ser aproveitado também.

Independente da formação oficial, Aguirre garante que o torcedor pode esperar um Inter ofensivo. “O Inter não tem como não jogar pra cima. Ele conta o Beira-Rio, a torcida, por isto temos que propor o jogo. A Universidad de Chile é um time grande, importante, que também deve usar uma formação ofensiva. Mas garanto que os jogadores estão confiantes e darão uma boa resposta”, disse.

La U pressionada e preocupada

A confiança em uma reabilitação também é a palavra de ordem na Universidad de Chile. Após comandar treino desta quarta-feira, no CT Luiz Carvalho, o técnico Martin Lasarte garantiu que a equipe manterá sua postura ofensiva mesmo no Beira-Rio, apostando especialmente em Cardenas:

“Vamos tentar propor nosso jogo, apresentar um futebol organizado e ter resposta importante para um duelo com estas características. Nossa preocupação maior é com jogadores como (Charles) Aránguiz, que têm muita qualidade e precisamos parar de qualquer forma”, avisou.

Se o Inter se vê pressionado pela estreia ruim e por ainda não ter vencido com os titulares, a situação da La U também não é fácil. Está em 13º lugar no Clausura e estreou com derrota em casa para o Emelec. O mistério é outra característica em comum. A equipe treinou no Beira-Rio, terça, e na Arena, ontem, sempre com portões fechados.

Libertadores 2015 

Inter
Alisson, Léo, Ernando, Alan Costa e Fabrício; Nico Freitas, Nilton, Aránguiz, D’Alessandro e Vitinho (Alex ou Jorge Henrique); Eduardo Sasha. Técnico: Diego Aguirre

Universidad de Chile
Herrera; Magalhaes, González, Suárez e José Rojas; Pereira, Espinoza e Lorenzetti; Banegas, Canales e Cortés. Técnico: Martín Lasarte.

Árbitro: Víctor Carrillo (PER)
Local: Beira-Rio
Horário: 20h15min