Inter leva 3 a 1 do The Strongest na estreia na Libertadores
- porJuliano Beppler da Silva
- 8 de março de 2015
- 10 anos
O Inter encontrou um pesadelo em amarelo e preto, logo em sua estreia na Libertadores. A derrota por 3 a 1 para o The Strongest, na altitude de La Paz, nesta terça-feira, mostrou um time envolvido com facilidade pelos bolivianos, que construíram a vitória ainda nos primeiros minutos de jogo. A equipe de Diego Aguirre estreou na Libertadores em desvantagem no Grupo 4 e o técnico uruguaio terá duas semanas decisivas pela frente: O Inter enfrenta nos próximos dias, na sequência, Universidade de Chile, Grêmio e Emelec.
Os primeiros minutos de Libertadores foram dramáticos para o Inter. Ainda tentando se adaptar à vida a 3,6 mil metros de altitude, a equipe de Diego Aguirre aceitou o confronto ao estilo de La Paz e Nilmar saiu em desabalada carreira contra os zagueiros do The Strongest. Aos quatro minutos, D’Alessandro lançou o camisa 7, que quase marcou. Mas, em seu chão, os bolivianos a cada ataque levavam grande perigo à defesa. Após três tentativas, o gol. Aos 10 minutos, Chumacero aparou rebote de Alisson e fez 1 a 0.
Era apenas o início, mas o Inter começava a fazer o jogo dos sonhos da torcida “atigrada”: a correria. Aos 14, a derrota passou a se tornar algo concreto. Nilton errou na frente da área, o ataque costurou em meio à defesa e Ramallo surgiu na frente de Alisson para desviar e fazer 2 a 0. Ramallo já havia marcado contra o Inter na Libertadores de 2012.
O Estádio Hernando Siles, a casa da seleção boliviana, era uma festa em amarelo e preto. Nem mesmo a ausência do presidente da Bolívia, Evo Morales (torcedor do rival do The Strongest, o Bolívar), que ficou de assistir ao jogo, mas não compareceu, tirou o entusiasmo do carnaval dos “tigres”.
Um Inter atônito, e se defendendo como podia no frio de 10°C de La Paz, era visto em campo. O time de Aguirre era um bloco defensivo, que tentava sobreviver a chutões para o ataque. O curioso é que em La Paz a defesa do Inter não estava exposta como em outros jogos. A equipe se defendia com 10, mas nem isto foi suficiente para evitar os gols. O sistema defensivo era envolvido a dribles. Aos 36, Anderson não suportou a falta de ar e pediu para sair. Vitinho entrou em seu lugar, com uma orientação básica: chutar a gol.
A mudança pouco se fez notar. O Inter era totalmente dominado em La Paz e o intervalo surgiu como um alívio para os colorados.
O segundo tempo começou com um pênalti para o Inter. Em cobrança de escanteio, Cristaldo colocou a mão na bola, após cabeceio de Sasha. D’Alessandro cobrou, descontou e saiu comemorando o gol, correndo para a frente da casamata, onde Alex aguardava par abraçá-lo. O Inter tentava voltar ao jogo. E pressionava os bolivianos: nem parecia o time abatido do primeiro tempo. Vitinho acertou o travessão e por pouco não empatou.
O problema da reação tardia em La Paz é que o desgaste físico devido ao ar rarefeito passa a jogar a favor dos donos da casa. A cada ataque colorado, o The Strongest respondia com maior ferocidade. Escobar passou a chutar de fora da área para testar Alisson com bolas em curva. O gol que culminou a partida veio de triangulação perfeita entre Escobar e Chumacero, que fez o 3 a 1.
O Inter deixa a Bolívia na lanterna do grupo. Terá de vencer em casa, sem Nilmar, expulso já nos descontos, a Universidade de Chile — que perdeu para o Emelec na preliminar do grupo — e recuperar-se na luta pelo tricampeonato da Libertadores.
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