Giro do Vale

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domingo, 8 de dezembro de 2024

Polícia Civil prende principal quadrilha de assaltantes de bancos do Rio Grande do Sul

Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS / Divulgação

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Em uma operação realizada no final da noite da última quarta-feira, 6, na zona rural de Nova Hartz, na Região Metropolitana, a Polícia Civil prendeu a principal quadrilha de assaltantes de bancos do Rio Grande do Sul.

Entre os detidos está João Adão Ramos, o “João das Couves”, bandido que tem ligações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Integrante da facção “Os Manos”, que comanda parte do crime no Estado de dentro do Presídio Central, ele já havia sido recolhido em 2005 e cumpria pena no regime semiaberto.

Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS / Divulgação

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Entre as especialidades de Ramos estão a escavação de túneis para roubos a bancos e o uso de explosivos. Foram presos também João Batista Crisóstomo da Silva e Gabriel Alves Campos.

Um quarto suspeito fugiu. Com eles, a polícia apreendeu quatro fuzis, três dinamites, coletes, miguelitos, espingardas, farta munição e outros itens usados para estourar caixas eletrônicos. Talões de cheques da Cooperativa de Produção Agropecuária de Nova Santa Rita (Coopan), atacada na última segunda-feira, estão junto com as armas.

O bando iria atuar nesta madrugada, possivelmente no Vale do Paranhana, mas acabou impedido após a ação surpresa de agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Eles também saqueavam residências e joalherias.

“Felizmente hoje conseguimos evitar uma explosão e pegar o líder da quadrilha sem dar um tiro. Foi uma operação cirúrgica” explica o titular da Delegacia de Roubos do Deic, Joel Wagner.

Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS / Divulgação

Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS / Divulgação

A quadrilha se escondia em um sítio. Um helicóptero da Polícia Civil ajudou nas prisões. Ramos é contemporâneo de José Carlos dos Santos, o Seco, que comandou uma série de ataques a carros-fortes no começo dos anos 2000. Questionado pela imprensa sobre o envolvimento com assaltos, ele se limitou a dizer que saiu na quarta-feira do semiaberto e não sabe como foi parar no sítio em Nova Hartz.

“Esse indivíduo (Ramos) já ficou até em presídio federal (Catanduvas, PR) e, por onde passa, deixa seus rastros de violência. Essas detenções tranquilizam a sociedade. Assaltos a bancos com explosivos são uma praga em todo país hoje” afirma o diretor do Deic, delegado Eduardo de Oliveira César.

A Polícia Civil reconhece que houve um aumento no número de assaltos a bancos e trabalha para diminuir os índices. Segundo Joel Wagner, é fundamental pegar as lideranças dos bandos, fato que ocorreu nesta madrugada. Mais detenções devem acontecer nas próximas semanas.

“Precisamos de uma legislação específica quanto ao uso de explosivos. A pena para furto qualificado é branda para pessoas dessa periculosidade” diz Joel Wagner

 

ZH.

 

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