Giro do Vale

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domingo, 6 de outubro de 2024

Ministério do Trabalho flagra irregularidades em frigorífico de Paverama

Foto: Divulgação

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O Ministério Público do Trabalho de Santa Cruz do Sul realizou inspeção conjunta no frigorífico Paverama Ltda., em Paverama. Foram encontrados no frigorífico, de médio porte, riscos graves à segurança e à saúde dos 60 trabalhadores em atividade. Na planta, são abatidos em média 70 bovinos por dia.

A diretoria da empresa foi comunicada das irregularidades encontradas, entre elas riscos de queda, esmagamento, decepamento, ausência de controle de pausas e de rodízios, uso insuficiente de equipamentos de proteção individual, além de insuficiência dos planos de gerenciamento de risco, que estavam em conflito com a realidade da empresa. Durante a reunião, o Ministério entregou notificação indicando as irregularidades encontradas, as quais o frigorífico deve iniciar a solucionar de imediato.

Também foi entregue notificação de audiência administrativa, a ser realizada em Santa Cruz do Sul na próxima quinta-feira, dia 23, às 14h, quando será formalizado o ajustamento dos problemas encontrados na planta, por meio de termo de ajuste de conduta (TAC), ou de ajuizamento de ação civil pública (ACP), solicitando à Justiça do Trabalho que sentencie a empresa a cumprir o disposto na legislação.

Lista de irregularidades encontradas na planta de Paverama:

a) risco de quedas de plataforma com mais de 3m, sem linha de vida;

b) risco de esmagamento nas plataformas em razão do ambiente apertado com sobreposição de tarefas/funções;

c) risco de quedas em razão do piso escorregadio e sem proteção apropriada e sem gradil/guarda-corpo adequados no abatedouro;

d) equipamentos de proteção individual (EPIs) incompletos (botas com pouca numeração, ausência de jaquetas térmicas, falta de avental de proteção metálico para os cortadores de peça);

e) ausência de controle sobre as pausas obrigatórias (documentos assinados em branco);

f) organização insuficiente da produção (setor inteiro comandado por único trabalhador);

g) rodízio de funções sem o devido treinamento;

h) serras-fita desprotegidas (NR-12);

i) porta da câmara frigorífica sem qualquer segurança;

j) registros de trabalho inconsistentes;

k) terceirização do setor de paletização;

l) inexistência de ergonomia (arranjo físico inadequado, movimentos acima dos ombros, agachamento nos containers, excesso de movimentos técnicos por segundo, peso de até 33kg nas caixas);

m) risco de cortes com facas e decepamento com as serras.

RVA

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