Giro do Vale

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sábado, 9 de novembro de 2024

Eclipse da superlua começa por volta das 22h deste domingo

Foto: Aamir Qureshi / AFP / Divulgação

Foto: Aamir Qureshi / AFP / Divulgação

Se o tempo ajudar, os brasileiros terão lugares de camarote para observar o eclipse lunar e fenômeno da superlua simultâneos, neste domingo. A partir das 22h, começara a ocultação do satélite da Terra em dia de coincidência astronômica que ocorre uma vez a cada 30 anos.

A astrônoma Patricia Spinelli, do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), do Rio de Janeiro, explica as duas questões: a superlua acontece porque a órbita da Lua, isto é, o caminho que faz ao redor da Terra, não é circular. A órbita é achatada, ou seja, uma elipse. “E se o caminho é elíptico, isso significa que em algum momento, a lua vai chegar um pouquinho mais perto da Terra”. Ao chegar mais perto, ela permite que se visualize o seu tamanho maior no céu. A superlua ocorre uma vez por ano, como informa Patrícia.

Já os eclipses, segundo a astrônoma, têm uma periodicidade de duas vezes por ano. Neste domingo, o eclipse coincidirá com a proximidade da lua em relação à Terra, devido a um fator geométrico. A superlua pode ser vista à noite em qualquer lugar do planeta, quando o satélite da Terra estiver na fase cheia: “Vamos ver a lua maior, por ela estar mais próxima da Terra”. O eclipse só acontece quando a lua entra na sombra da Terra: “Mas, para que esse fenômeno seja observado, é preciso que seja à noite. Se for dia, o observador só conseguirá ver o sol e não o eclipse”.

Patricia relata que a ocultação da lua ocorrerá por volta das 23h30 e “esse é o ápice”. O processo completo, porém, começará por volta das 22h, quando a lua passará a entrar na sombra da Terra. “Ela começa a ficar mais obscurecida, com uma cor mais avermelhada. De repente, vai desaparecer completamente, por volta das 23h30min ou 23h40min e, depois, começa a aparecer de novo”. A lua só volta a ter o brilho completo por volta de 1h30min.

Tanto o eclipse como a superlua serão visíveis a olho nu, sem a necessidade de nenhum equipamento ou proteção especial. “Com tempo bom e céu limpo, as pessoas podem acompanhar o fenômeno”, garante a astrônoma do Mast.

 

Correio do Povo

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