Giro do Vale

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sábado, 27 de abril de 2024

Lajeado registra nova suspeita de contaminação por dengue

Ao descartar suspeita de dengue, com o exame negativo da menina que apresentava sintomas da versão clássica da doença, a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal do Meio Ambiente confirmou mais uma suspeita. A doente é uma gestante, também moradora do Bairro Campestre.

Em nota enviada à imprensa, a Secretaria Municipal da Saúde informou que, na manhã da última segunda-feira, dia 28, o Laboratório Central (Lacen) de Porto Alegre, responsável pelos exames de sangue que testam dengue, descartou a possibilidade de infecção pela doença na menina, moradora do Bairro Campestre, em suspeita desde a semana passada.

De acordo com o biólogo Fernando Diel (38), coordenador da vigilância ambiental em saúde da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, por conta da nova suspeita os protocolos que tiveram início na semana passada serão mantidos.

As equipes realizam ações como verificação e visitação nas áreas próximas da residência do adolescente de 15 anos, que teve o teste positivo para dengue, e da menina que seguia em observação até segunda-feira. A distância percorrida pelos agentes é de 300 metros ao redor das casas dos moradores.

O Meio Ambiente não divulgou a idade da gestante, apenas informa que ela mora em uma casa vizinha da menina que teve o teste de dengue negativo. Já os resultados das coletas de larvas, feitas pelas equipes do Meio Ambiente, ainda não detectaram a presença do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. “Porém é cedo para dar qualquer diagnóstico da presença ou não do mosquito nas redondezas”, pontua Diel

Contraprova

O adolescente que teve o caso confirmado por contaminação da dengue em Lajeado realizou uma nova coleta de sangue, também encaminhada ao Lacen, para repetir o teste.

Segundo Diel, a ideia é tentar descartar a hipótese de dengue, mesmo que o primeiro teste tenha confirmado a contaminação, ocorrida dentro da cidade. “Queremos uma segunda amostra, feita em uma análise mais criteriosa, que pode reverter o diagnóstico, uma vez que o paciente não apresentou todos os sintomas de dengue clássica”, destaca o biólogo.

Relembre o caso

– No dia 20 de agosto, um adolescente de 15 anos, morador do Bairro Campestre, teve a impressão de ter sido picado pelo mosquito Aedes aegypti, no quintal de casa. Nos dias seguintes ele começou apresentar alguns sinais da dengue como a febre, desânimo e ausência de sintomas de doença respiratória. De acordo com a família, ele sentiu os efeitos da doença durante dez dias. Depois de consultar várias vezes e descartar outras doenças, o jovem teve o diagnóstico confirmado pelo Lacen.

– No mesmo bairro, uma menina que não teve a idade divulgada pela Secretaria de Saúde de Lajeado apresentou sintomas semelhantes ao do jovem e coletou material para análise de dengue, descartada na última segunda-feira.

– O caso do jovem é o primeiro por contaminação dentro da cidade. Ou seja, outros moradores de Lajeado já tiveram dengue, no entanto, foram picados em outras regiões do país e trouxeram para a região a doença.

– O Meio Ambiente monitora 148 armadilhas espalhadas nos 11 bairros da cidade. Os primeiros focos do mosquito transmissor da dengue foram encontrados em 2012 em Lajeado.

 

Jornal O Informativo

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