Giro do Vale

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sábado, 18 de maio de 2024

HCSA inicia o ano preocupado com repasses do Estado

Foto: Juliano Beppler da Silva /Giro do Vale

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Desde o último ano 245 Santas Casas e Hospitais Comunitários do Rio Grande do Sul vem sofrendo com a crise financeira. Muitos leitos já foram fechados e alguns serviços tiveram que ser paralisados em virtude do atraso, ou falta de repasses do Governo do Estado às casas de saúde. O Hospital de Caridade Sant’Ana de Bom Retiro do Sul também sente os efeitos deste momento crítico. O primeiro repasse do RS neste ano já deixa os hospitais mais uma vez em alerta, pois receberam apenas 70% do valor referente aos serviços prestados em dezembro de 2015.

Para suprir essa demanda do Fundo de Apoio Financeiro e de Recuperação dos Hospitais Privados e Sem Fins Lucrativos e Hospitais Públicos (FUNAFIR) no último ano os hospitais realizaram contratos de financiamentos. O HCSA precisou de R$ 150 mil para suprir a lacuna que até então era deixada pelo atraso nos repasses dessa natureza.

A primeira parcela recebida neste ano referente aos atendimentos prestados em dezembro de 2015 veio faltando 30% do valor, o que já deixa o hospital de Bom Retiro do Sul, e os demais em estado de alerta, pois ainda não foi dada previsão de quando será repassado o valor pendente, e nem de que forma isso será feito.

Corte de valor complementar

Um dos elementos que vem causando grande prejuízo aos hospitais é o corte do IHOSP, que tem como objetivo complementar o custeio de procedimentos hospitalares de média complexidade em virtude da defasagem da tabela paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em 2015 o Governo do Estado realizou a paralização desse repasse e até o momento não reconhece mais esse como mecanismo possível para auxílio as casas de saúde. O HCSA recebia mensalmente R$ 22 mil através do IHOSP.

Com essa situação de crise o hospital teve que fazer um ajuste de gestão para otimizar os gastos e dentro desse cenário foi preciso suspender as cirurgias eletivas que estavam sendo realizadas no local. O hospital que conta hoje com cerca de 45 colaboradores não teve seu quadro funcional afetado, até porque já é bem enxuto segundo a diretora Simone Diedrich.

Auxílio da prefeitura

Em Bom Retiro do Sul existe uma parceria firmada entre Governo Municipal e HCSA. O município repassa mensalmente cerca de R$ 102 mil para a manutenção do Plantão Médico 24 horas, serviços de obstetrícia e de ambulatório. No último ano, tentando amenizar a crise causada pelo atraso e paralisação de repasses do Estado a prefeitura investiu R$ 20 mil na casa de saúde, repassando R$ 5 mil por mês, durante quatro meses para complementar as contas do hospital.

Apoio da comunidade

Segundo a diretora do HCSA o apoio da comunidade foi fundamental para o enfrentamento deste momento de crise. Simone ressalta que muitas promoções foram realizadas durante o último ano e as pessoas abraçaram a causa para ajudar a manter as portas do hospital abertas. Durante 2016 a casa de saúde do município pretende seguir contando com o apoio da população para seguir podendo atender a quem precisa do serviço de saúde.

O Programa Amigo do Hospital teve um aumento de adesões e também uma readequação de pessoas aos planos que possibilitou um aumento na arrecadação. No momento em que se comemorava esse ponto positivo vieram alguns aumentos de despesas, como por exemplo a conta de energia elétrica que praticamente dobrou de valor.

Especialidades médicas

Simone ressalta que hoje o HCSA conta com atendimento médico nas seguintes especialidades: dermatologista, traumatologista, gastroentereologista, neurologista, cirurgião geral, e agora mais um clínico geral. As consultas podem ser agendadas na recepção do hospital, e os médicos atendem por vários convênios.

 

Redação / Giro do Vale
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