Foto: Elza Fiúza / ABr

A presidente Dilma Rousseff concedeu uma breve entrevista coletiva nesta sexta-feira para rebater as supostas informações prestadas pelo senador Delcídio do Amaral em delação premiada para a equipe que investiga a Operação Lava Jato. Ela negou qualquer interferência no Judiciário para “mudar os rumos” da Operação Lava Jato e repetiu os termos da nota oficial divulgada no período da tarde sobre a conduta da Polícia Federal na 24ª fase da operação, que culminou com o depoimento do o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sequência, comentou sobre as supostas declarações do senador sobre a reunião em Portugal.

“Na hipotética delação, o senador Delcídio do Amaral teria afirmado que o meu governo teria feito gestões junto ao poder judiciário para mudar os rumos da Operação Lava Jato. Uma iniciativa teria sido tomada por mim, reunião realizada em Portugal, na cidade do Porto, com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso. Em nota, o presidente da Suprema Corte desmentiu essa absurda versão, afirmando textualmente o que nós havíamos anteriormente afirmado de público. Ou seja, que o objeto dessa reunião foi exclusivamente a discussão acerca de um projeto de lei que tratava de reajuste de servidores do Poder Judiciário”, afirmou a presidente.

Dilma voltou a demonstrar “inconformismo” a forma que o ex-presidente Lula foi tratado pela Polícia Federal na 24ª fase da Operação Lava Jato. “Quero manifestar o meu mais absoluto inconformismo com o fato do ex-presidente Lula, Luís Inácio Lula da Silva, que por várias vezes compareceu, de forma voluntária, para prestar esclarecimentos perante as autoridades competentes, seja agora submetido a uma desnecessária condução coercitiva para prestar mais um outro depoimento”.

Correio do Povo