Giro do Vale

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sábado, 18 de maio de 2024

Executivos da Odebrecht decidem fechar acordo de delação premiada

Foto: Divulgação

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A Odebrecht comunicou, na noite desta terça-feira, que decidiu fechar acordo de delação premiada com os investigadores da Operação Lava-Jato. Em nota, a construtora diz que a decisão foi tomada “após avaliações e reflexões levadas a efeito por nossos acionistas e executivos”.

A delação, no entanto, ainda depende de avaliação dos procuradores da força-tarefa, no Ministério Público Federal (MPF), e posterior homologação da Justiça Federal. A força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba diz que o MPF não fechou acordo com Odebrecht e que, a partir de agora, eventuais delações serão assinadas somente nos casos que representarem ganho para interesse público.

Estão no acordo o ex-presidente Marcelo Odebrecht e outros executivos. O anúncio ocorre no mesmo dia em que a Polícia Federal disse ter identificado um departamento de pagamento de propina na empresa. Além da delação, a Odebrecht afirma que fará um acordo de leniência junto à Controladoria Geral da União (CGU).

Veja abaixo a nota divulgada pela Odebrecht:

COMPROMISSO COM O BRASIL

As avaliações e reflexões levadas a efeito por nossos acionistas e executivos levaram a Odebrecht a decidir por uma colaboração definitiva com as investigações da Operação Lava Jato.

A empresa, que identificou a necessidade de implantar melhorias em suas práticas, vem mantendo contato com as autoridades com o objetivo de colaborar com as investigações, além da iniciativa de leniência já adotada em dezembro junto à Controladoria Geral da União.

Esperamos que os esclarecimentos da colaboração contribuam significativamente com a Justiça brasileira e com a construção de um Brasil melhor.

Na mesma direção, seguimos aperfeiçoando nosso sistema de conformidade e nosso modelo de governança; estamos em processo avançado de adesão ao Pacto Global, da ONU, que visa mobilizar a comunidade empresarial internacional para a adoção, em suas práticas de negócios, de valores reconhecidos nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção; estabelecemos metas de conformidade para que nossos negócios se enquadrarem como Empresa Pró-Ética (da CGU), iniciativa que incentiva as empresas a implantarem medidas de prevenção e combate à corrupção e outros tipos de fraudes. Vamos, também, adotar novas práticas de relacionamento com a esfera pública.

Apesar de todas as dificuldades e da consciência de não termos responsabilidade dominante sobre os fatos apurados na Operação Lava Jato – que revela na verdade a existência de um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoral do país – seguimos acreditando no Brasil.

Ao contribuir com o aprimoramento do contexto institucional, a Odebrecht olha para si e procura evoluir, mirando o futuro. Entendemos nossa responsabilidade social e econômica, e iremos cumprir nossos contratos e manter seus investimentos. Assim, poderemos preservar os empregos diretos e indiretos que geramos e prosseguir no papel de agente econômico relevante, de forma responsável e sustentável.

Em respeito aos nossos mais de 130 mil integrantes, alguns deles tantas vezes injustamente retratados, às suas famílias, aos nossos clientes, às comunidades em que atuamos, aos nossos parceiros e à sociedade em geral, manifestamos nosso compromisso com o país. São 72 anos de história e sabemos que temos que avançar por meio de ações práticas, do diálogo e da transparência.

Nosso compromisso é o de evoluir com o Brasil e para o Brasil.

 

ZH

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