Giro do Vale

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sábado, 27 de abril de 2024

Grupos planejaram ataque a Brasília com “tudo pago”

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Grupos de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro começaram a divulgar com intensidade mensagens em aplicativos de mensagens organizando caravanas para trazer manifestantes de todo o País para Brasília desde a terça-feira, dia 3. As viagens começaram na sexta-feira, dia 6. As mensagens convocavam os extremistas e falavam em enfrentamento às forças policiais.

O plano era tomar os palácios dos três Poderes, acampar no interior, além de bloquear refinarias de combustível em todo País. E assim provocar o caos para levar à intervenção militar, com a deposição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Oferecia-se ônibus de graça – a maioria saiu da frente de quartéis. Em Jundiaí, partiram da frente do 12.º Grupo de Artilharia de Campanha.

Em mensagem, os bolsonaristas queriam unir policiais e militares da reserva das Forças Armadas. Também convocaram caçadores, atiradores e colecionadores de armas. Queriam pessoas com experiência militar para enfrentar as forças de segurança. Prometiam aos que fossem a Brasília: “Tudo pago. Água, café, almoço e janta. Ficará acampado no Planalto.”

“O povo do agro me chamou e já me contratou 3 mil ônibus de diferentes áreas do Brasil”, disse um organizador de protestos bolsonaristas em áudio. “A gente vai tomar o poder. Agora vamos mostrar o que é gente do bem quando resolve ser do mal. Iremos fazer uma reintegração da posse das casas do Poder.” Mensagens exibiam armas.

Em outras pedia-se o fechamento de rodovias e ensinavam como fazer uma máscara de gás lacrimogêneo caseira. Ontem, a estratégia era clara. “O Congresso é nosso! Vamos tomar posse dele!! Com cavalaria ou sem cavalaria, nada vai nos parar”, disse um extremista. Às 10h58, outra convocação dizia. “Hoje teremos a tomada dos três Poderes! E invasão no Congresso. Será um dia de guerra. O primeiro passo para a rebelião de resistência civil. Todos estaremos prontos para a Guerra!” Às 12 horas, diziam: “Nós vamos tomar o poder”.

Correio do Povo
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