Giro do Vale

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quinta-feira, 2 de maio de 2024

Contas de 2015 não devem fechar para 33,4% das prefeituras do RS

Pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostra um quadro de extrema preocupação econômica das cidades de todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, 33,4% das prefeituras projetam que vão encerrar 2015 sem pagar as contas em dia. Além disso, 83,2% dos prefeitos gaúchos informaram que a crise financeira causou restrições na área da saúde.

No Brasil, o cenário é ainda pior, com 42,6% dos municípios projetando “cobertor curto”. Ou seja, falta de condições de fechar as contas no fim do ano. A pesquisa apontou que 98,5% das prefeituras está sentindo os efeitos da crise, ou um total de 4.020 cidades. Apenas 56 (1,4%) se declararam não afetadas, enquanto quatro não responderam.

A principal consequência citada pelas cidades gaúchas com a redução de recursos para a saúde é a falta de remédios, seguida de falta de médicos e outros profissionais para atendimento. Já na Educação, com efeitos negativos mencionados por 75,5% das cidades, o maior problema é a incapacidade de manter todas as frotas de transporte escolar.

Como providências para administrar a crise neste ano, 82% dos gestores relataram ter reduzido despesas de custeio e 48,7% reduziram o horário de expediente em órgãos municipais. A demissão de funcionários foi necessária em 46,6% dos municípios do Estado. Apenas 9% das prefeituras reduziram salários de prefeitos e vereadores, segundo a pesquisa.

Os prefeitos revelaram que os vencimentos do funcionalismo têm tido prioridade para evitar atrasos. Do total, 13% reconheceram atraso de salários, um total de 529 em todo o país. A opção, então, foi pelo atraso no pagamento de fornecedores, o que ocorre por parte de 62,5% das prefeituras, ou 2.550 cidades.

 

Correio do Povo

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