Giro do Vale

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sábado, 5 de outubro de 2024

Dívida da OAS com bancos coloca em xeque futuro da Arena do Grêmio

Foto: Divulgação

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A relação entre Grêmio e OAS ganhou um novo capítulo. Em sérias dificuldades financeiras desde que viu o nome da empresa envolvida na Operação Lava Jato, a empreiteira responsável pela construção da Arena tem atrasado o pagamento aos bancos que financiaram a obra. Já são três meses de débito para Santander, Banco do Brasil e Banrisul.

Com a pendência financeira, OAS e Grêmio temem que as dívidas possam afetar o funcionamento do estádio. O Santander coordena a conta em que clube e empreiteira depositam determinados valores, como a receita das bilheterias, que têm o objetivo de pagar o financiamento do estádio com os bancos e viabilizar a operação do local. De acordo com o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, o valor do financiamento gira em torno de R$ 260 milhões. Desse total, R$ 70 milhões já foram quitados.

A OAS divulgou uma nota na qual confirma os atrasos. A empresa, no entanto, afirmou que “confia que chegará a um acordo com os bancos para garantir a continuidade da operação da Arena.” O Grêmio admite tecnicamente há uma pequena chance de a Arena parar de operar. Mesmo assim, o clube não acredita que o estádio irá fechar as portas.

De acordo com Romildo, existe uma sinalização de que o problema será resolvido “em breve”. O Grêmio monitora de perto a situação.

“Esse é um problema que não é nosso, é um problema da OAS. Acredito que eles vão dar uma solução para esse problema. Acho que eles vão conseguir resolver isso com os bancos. Essa é a sinalização que nós temos. A Arena só tem chance de dar lucro aberta” à imprensa.

O mandatário do Grêmio admite que o clube está preocupado com o impasse. Prova disso é que Romildo destacou um economista e um advogado para estudarem a questão.

– Desde março eles não estão cumprindo com as obrigações junto aos bancos. Vamos acompanhar de perto o assunto. Não queremos levar sustos e estamos com pessoas destacadas para entender toda a situação. Eles se informam e passam os detalhes para mim.

. O temor é que os valores de contas que são utilizadas para custear a operação da Arena sejam bloqueados – todo o mês, o clube deposita determinado valor à empreiteira. Para que o estádio feche as portas, porém, uma série de situações negativas têm de acontecer.

Confira a nota na íntegra da OAS:

A OAS Arenas está empreendendo todos os esforços para superar as dificuldades deste momento e confia que chegará a um acordo com os bancos para garantir a continuidade da operação da Arena do Grêmio.

A empresa está convicta que não faltará apoio de todas as partes envolvidas na negociação para atingir esse objetivo.

É importante destacar ainda que a Arena do Grêmio está em operação normal e cumpre rigorosamente todos os seus compromissos com colaboradores, fornecedores e clientes.

 

Globo Eporte.

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